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GANGRENA GASOSA LYRICS

Welcome To Terreiro

"Welcome To Terreiro" (1993)

1. Troops of Olodum
2. Gangrena Gasosa
3. Saravá Metal
4. Pegue Santo or Die
5. Fist Fuck Agrédi
6. Protesto Concreto
7. Welcome To Terreiro
8. Exú Noise Terror
9. Thraxangô
10. Gangrena Venêrea
11. Despacho From Hell
12. Pomba Gyra







1. Troops of Olodum




2. Gangrena Gasosa

Gangrena Gasosa...
A agonia de apodrecer em vida!

Uma dor no pescoço
Você não consegue gritar
É a Gangrena Gasosa
Querendo te sufocar

Gangrena Gasosa...
Vai te matar!

Sua perna está podre
Você não consegue andar
É a Gangrena Gasosa
Que sua perna vai aleijar
[ela vai te aleijar]




3. Saravá Metal

[orrr.. metal - saravá metal!
orr - eu disse metal!
Saravá Metal!]
Você que é heavy
E só acredita
Nos diabos lá de fora
Fique sabendo que aqui no Brasil
Tem diabo bom também!

Egum - Maria Padilha
Tranca Rua - Maria Molambo
Exu Caveira - Zé Pelintra

Black Velho - Omulú
Sete Flecha - Pai Bará
Pomba Gira - Bispo Macedo

Paulo Ricardo - Vó Manuela
Renato Russo - Collor de Melo
Lulu Santos - DJ Batata

Agora é hora de ter mais cérebro
De ter mais cérebro do que cabelo
Headbanger vai bater
Cabeça no Terreiro

Saravá Metal...
O santo de casa também faz milagre




4. Pegue Santo or Die

[Or die! Pegue santo or die
eu disse - or die!
Pegue santo or die]
Hoje é sexta-feira
A noite enluarada
Eu pego meu Skate
E vou para a encruzilhada

Pegue Santo ou morra
Pegue Santo ou morra
Pegue Santo or Die!

O meu Skate não tem rodas
Tem rodelas de cebola
O meu Skate não tem shape
Ela é feito de barro
De tigela de macumba




5. Fist Fuck Agrédi

[Fist fuck agrédi
Agrédi para caralho]
Não deixo ninguém
Enfiar a mão
No meu rabo porque dói

Não deixo ninguém
Enfiar o braço no meu cú
Porque isso

Agrédi para caralho!
Fist Fuck Agrédi!
Agrédi para caralho!

Não deixo ninguém
Enfiar a mão dentro do meu cú
Porque isso é horrível

Isso é horrível, isso é horrível
Isso é horrível, isso é horrível

Fist Fuck Agrédi!
Agrédi meu canal reto

Fist Fuck Agrédi!
Agrédi para caralho!




6. Protesto Concreto

[Eu andava perambulando
Sem ter nada pra comer
Eu fui pedir as Almas Santas
Para vir me socorrer
"- Bota comida vagabunda
Vem cá agarrar seu macho
Com a mão calejada
Cheirando a cimento
A camisa suada
Vindo diretamente da obra
Gostosa, arranco sua calcinha com o dente!"]

Precisamos de servente e pedreiros
E damos preferência para quem chegar primeiro
Traga um documento, traga um retrato
Quem não for alérgico a cimento e mau-trato

Vamos construir
Tomara que não caia
Vamos construir
Pra edificar os Niemayers

E aproveite pra usufruir
Desde agora e já
Porque depois de pronto
Você não vai poder entrar

Antes que me esqueça, uma observação:
- Traga a sua marmita pois não damos refeição




7. Welcome To Terreiro

[Hey - hey!
Hey - hey - hey]
Vamos lá cambada
Pro congá fazer a cabeça
Sentar no tronco do preto velho
E deitar pro pai-de-santo
Pomba Gira tem de monte
E o que não falta é Exú
Um montão de Ebós tarados
Querendo comer teu cú

Vamos lá bater um ponto
E matar bode pro despacho
Você é bem vindo pra pagar
O buraco aqui é mais embaixo

Kurimba no centro
Xangô, Oxalá, Iemanjá
Welcome to terreiro
A gente se encontra lá

Raspar a cabeça e fazer cura
Pro santo poder incorporar
Vai trinta dias pro roncó
Doutrinar o Orixá
Você dá passagem pro Erê
Senta na pomba de Oxalá
Pega na vara do Achogam
Pra ser homem aqui
Você vai ter que dar!




8. Exú Noise Terror

[Oh! Meu Senhor das Almas
de mim não faça poco!
Oh! Meu Senhor das Almas
de mim não faça poco!
Olha lá quem vem é Exu
É o Exú Arranca-Toco
Olha lá quem vem é Exu
É o Exú Arranca-Toco]

Exú é nan
Exú é nan a querê quetê
Legbará Exú a querê

Exú é pavenã
Exú é mogibá

Sala salá
Mucarrerô Legbará

Exú é pavenã
Exú é mogibá

Portão de aço &
Cadeado de madeira
Quem manda no cemitério
É Exú Caveira!!!

Pomba girê Kianga
Malelê
Pomba girê inganga

Exú é pavenã
Exú é mogibá




9. Thraxangô

Tem um pôster da Gangrena
E uma estátua de Satã
Só curte sexo anal
E bate punheta para Iansã
Sua jaqueta vermelha
Feita de couro de bode
Tem pregado nas costas
Um patche com a imagem de São Jorge

Odeia Black Sabbath
Rush & Led Zeppelin
ER a fivela do seu cinto
É a cabeça da Janis Joplin

Cavaleiro Black
Ele é o Knight do Mal
Empunha a sua espada
Pelo Saravá Metal!

Não usa tatuagem
Ele se risca com pemba
Que rouba Sexta-feira
Na roça de mãe Jurema
Não usa spike ou bottom
Ele odeia tudo isso
Usa fita da Bahia
E patuá contra feitiço

Não trabalha, é feio
E nunca teve namorada
Come despacho de macumba
E dorme nas encruzilhadas

Cavaleiro Black
Ele é o Knight do Mal
Inverte a sua cruz
Pelo Saravá Metal!




10. Gangrena Venêrea

Uma inflamação no seu pirú
Você não consegue mais trepar
E a cabeça da sua pica
Está querendo despencar

Gangrena Venérea...
Vai te pegar!

Uma ardência na buceta
Você não quer mais dar
E a pele da sua xereca
Tá com pus e tá esfolada

Gangrena Venérea...
Vai te pegar!

Um monte de corte
Bem lá dentro do seu cú
Você chora quando vai cagar
E quando vai dar o rabo
Solta pus e hemorróidas

Gangrena Venérea...
Vai te pegar!
Se você não se cuidar...
A Gangrena Venérea vai te pegar!




11. Despacho From Hell

Você nunca teve
Nada na sua vida
Agora você apela para macumba
Só pra conseguir vencer

O feitiço tem que ser iniciado
No sétimo dia, na sétima esquina
Às sete horas da noite

E o feitiço pode Ter a duração
De sete dias, setenta horas
Sete minutos ou sete segundos

Setenta meses, setecentos anos...

Prato de farofa com cebola na esquina
Vela preta, vela vermelha
Cabeça de galinha preta
Uma tigela de barro com fubá
E uma garrafa de cachaça

Saroaba de alcachofra!
Solta a rédea do meu cavalo




12. Pomba Gyra

Batom na boca e vestido vermelho
Um grito de puta ecoa no terreiro
Nunca se sabe se é velha ou criança
Mas incorpora bem forte e é mulher

Ela não escolhe a hora pra chegar
Na rua ou no ônibus, em qualquer lugar
A voz na cabeça, não vai dar pra escapar
Você roda, e agora vem ela... Pomba Gyra!

Sempre bem perto de ti ela vai estar
Espera um minuto, que ela vai baixar
O teu olho vira e a presença pressente
De um espírito que te quer pra voltar a ser gente

Os homens a tua volta querem te atacar
Você corre pra igreja e começa a rezar
Mas nem pagando você vai se livrar
Do toque quente e vermelho de... Pomba Gyra!

Agora teu corpo tem outro hospedeiro
Aquele debochado, vulgar e zombeteiro
Ela nunca mais vai te deixar em paz
Nem com obrigação ela volta atrás

Batom na boca e vestido vermelho
Um grito de puta ecoa no terreiro
Nunca se sabe se é velha ou criança
Mas incorpora bem forte e é mulher

Todos têm medo e ninguém te ajudará
Você se desespera e tenta se matar
Mas nem esse direito ela vai te dar
Teu destino agora é carregar... Pomba Gyra!

 


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