|
VENTO NEGRO LYRICS
"Do Virtuosismo Pessoal" (2006 EP)
1. Avante, Vento Negro! 2. Da Pluri-negativização dos Mares 3. Na Hiper-imensidão do Mundo 4. O Espelho do Espírito
1. Avante, Vento Negro!
Avante, Vento Negro!
Que a escória jamais cesse,
Teu poder devastador, e cresce,
O desejo dos filhos teus
De respeitá-lo e honrá-lo tal qual Zeus
E lutar até o fim de suas forças
Tua representação é o signo
Máximo da vontade como força
Que move a massa e se esforça,
Para manter-nos sob suas asas.
Façamos delas nossas casas
Até o derradeiro momento de nosso ser
Ó meridional supremacia
Deste imaculado instituto natural
Eis a metafísica da razão austral
E de todas as razões e irracionalidades,
Paixões, decepções, loucuras. Insanidades
Que cometemos em defesa do clã
Enfim, adstrito ao fim,
D' uma Era, ou talvez
A fração ínfima do revés
Dir-te-á: Sim!
2. Da Pluri-negativização dos Mares
Uma poli - eclosão Celúrica
De matérias físicas ou não
Algo entre uma chuva sulfúrica
E todo humano - carma num trovão
Gotejam em negativas gotículas
Evaporam-se ao ares
Em bi - negativas partículas
Pluri - negativando os mares
É toda uma matemática
Existencial, mas ainda assim
Matemática, porque enfim
O que no mundo não é aritmética
Ou é aritmética mas no fundo...
Ou, então, não é deste mundo.
3. Na Hiper-imensidão do Mundo
Números, teoremas e equações
Retóricas, estratagemas e frações.
Verbetes, símbolos, signos, objetividades
Exemplos, amostras, fatos, subjetividades
São, todos, parte do Conjunto
A que estamos, impreterivelmente adstritos
Visto que somos caos, embates, conflitos
Somos isso tudo, e mais tudo, e tudo junto
A semente do pleno está plantada,
Que somos fortes. Fortes como diamante
Veja: planta que sobreviveu à geada...
Cresce, triunfante ao doravante.
Se Nada está acima de nós,
E abaixo já varremos tudo
Que falem! Estamos sós...
Na hiper - imensidão do mundo.
4. O Espelho do Espírito
O espelho do espírito/Vida
(Note: we use two distinct texts to compose this opus. "O Espelho do Espírito" is interrupted when, within the text, quotes are introduced, to mark nothing but the text "Vida". This ends definitively when meeting again quotations marks. At this moment the 'primo textu' resurges. E thus follows until the end.)
O espelho do espírito espalha
Em espirais, teorias ao espaço
Emanando cosmopolítico estardalhaço
Que 'ste mesmo espírito o tempo empalha
E é determinada per temporal inércia
À observação dos sucessores metafísicos
A forma palpável destes supracitados espíritos
Em obras apologistas à mais humana Ciência
"A vida é uma sala de esperas
Localizada ao metafísico edifício
Frente ao existencial precipício
Quimera de todas as quimeras!
É a sensação de Ser do Não-Ser
Subtração constante do número humano
Equação usurpadora deste plano,
Ilusão! Pôr do sol a espera do anoitecer!"
E eu, a observar em minha juventude
Os feitos concretos da pós - senectude:
Imortais manuscritos acerca dos fatos
Preparo-me para iniciar a missão
De semear a ária - terra e fazer o chão
Germinar a Razão, e desta, os arautos
|
|