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TEASANNA SATANNA LYRICS
"Incertezas (Promo CD)" (2003 Demo)
1. Maldição 2. Omnipresente 3. Incerteza 4. Operação Barriga Aberta
1. Maldição
Fosso das trevas, que tenho de passar sem medo
Para chegar á porta do destino sem o trevo
Linda luz doirada
Na escuridão sagrada
Porta dura e velha que tenho de abrir
Com palavras mágicas que tornam a fugir
Num trovão inimigo
Em nuvens sem abrigo.
Meu corpo ensanguentado
E ali parado
Minha face fria
Esperando aquilo que eu temia..
A dor...
Do feitiço negro lançado pela bruxa
De olhos de fogo cintilante.
Facas cravadas na minha alma
Putas sanguinárias a atazanar a calma.
Corpos mortos em outras vidas
Serventes venenosos curando minha feridas
Altar abandonado
É este o meu fado.
Troncos queimados
No reino da maldição
Galos sem cabeça
Onde reina a traição
Sangue derramado
Na mesa pão barrado...
...De maldição
Velhos homens morrem
Novos corpos nascem
O cheiro a doença
Que paira no ar da descrença
Não há água, não há vinho
Já não tenho tino
Com sede e com fome
E nada neste vale se come
Maldição
Arrependimento de duvidar
Das forças do mal
Vim ás trevas parar
A este vale infernal.
2. Omnipresente
Omnipresente....
...A respiração ofegante
Esse teu olhar futil gigante
O sangue que corre em tuas veias
É a construção das tuas teias.
O batimento do teu coração
Que provoca imensa destruição
A ira do teu olhar
Provoca a raiva das ondas do mar
Esses teus olhos brilhantes
Invocam arrepios gigantes
"Tanto, há quantos anos, vence a dureza dos dias,
Das ideias solidificadas, a espessura dos hábitos
Que me constrange e tranquiliza.
Tento descobrir a face última das coisas e ker aí a minha verdade perfeita.
Mas tudo esquece tão cedo, tudo é tão cedo inacessível.
Nesta casa enorme e deserta, nesta noite ofegante,
Neste silêncio de estalactites, a lua sabe a minha voz primordial....." ( in Vergílio Ferreira - Aparição )
Mas essa imagem é tão forte.
Tão penosa e tão bombástica
Irá comigo até á morte
Será imagem, imagem sarcástica.
3. Incerteza
Pensamentos longínquos
Acompanhados por cataclismos espalhados
Na minha memória
Começa assim a minha história.
Sentado á luz da lua
A ver passar corpos celestes
O frio no meio da rua
Fala em espíritos mestres.
Na tua face só vejo tristeza
Nos teus olhos incerteza
No meu coração cravado
Um punhal assombrado
Incerteza...
E das trevas se ergueram
Aqueles gritos de horror
Rosas negras nasceram
Do sangue da dama de honor
Anjo negro voando
Sobre a terra do mal
Com suas asas encantando
Num sangrento festival.
Incerteza...
Animal inocente e abandonado
Que me segues esfomeado
Infinita sombra, infinita dor
Que o vento sopra e dá sabor
Pertubas o meu sono
Durante todo o ano
Apetece-me gritar, matar e entrerrar
Minhas malévolas memórias
Em sepulturas vitórias.
4. Operação Barriga Aberta
Até pensar que te matava
A minha faca te espetava
Até pensar que te matei
Os teus olhos te arranquei
E quando pensei que tu finavas
Voltei lá e já não estavas
Pura raiva, puro ódio
Tens no corpo o demónio
Demónio...
Demónio...
Demónio...
Sangue frio eu tenho
Para te matar
Faço um desenho
Da tua barriga a sangrar
Pára de fugir
Ao gume da minha faca
Quero-te atingir
E ver-te morrrer como uma vaca
Vou perseguir-te...
...Guiado pelo ódio
Alimentado pela raiva
Sangrenta razão
Que me consomes em vão
Raiva
Sangue
Morte...
Rios de sangue desaguam
Em lagoas de rimas em prosa.
Os teus gritos entoam
Nesta noite horrorosa
Barriga aberta....
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