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STRESS LYRICS
"Stress" (1982)
1. Sodoma e Gomorra 2. A Chacina 3. 2031 4. Oráculo do Judas 5. Stressencefalodrama 6. O Viciado 7. Mate o Réu 8. O Lixo
1. Sodoma e Gomorra
Sodoma e Gomorra
(André / Roosevelt)
Sai, some daqui
Diabo queres destruir
Sai pra lá não dá pra suportar
Tamanho caos assim nunca vi
Estribilho:
A guerra vai estourar
E eles vão gritar: Chega
Depois que o fogo arder
Irão se arrepender
Porque o teu rancor é pior que a morte
Não tem jeito, não dá pra escapar
És pior que a tua própria sorte
Tenho medo até de acreditar
AAAHH! É demais
É chegada a hora de voltar à paz
Livre, solta, feito fúria louca
Sobe a mente suja do teu capataz
(Estribilho)
2. A Chacina
A Chacina
(André / Roosevelt)
Agoniza desgraçada
Até o último suspiro
Depois da notícia
Só te resta a sorte
Corroída pelo trauma
Perderás tua fala
Entre golfadas de sangue
Lutas pra não morrer
Estribilho:
Tua vida não faz falta
Ninguém chora por ti
A verdade é muito dura
Teu caso não tem cura
Vendarei teus olhos
Para que não vejas
E que nunca saibas
O que aconteceu
Vou calar teu nome
E antes que me esqueça
Serás desenganada
Chorarás de dor
(Estribilho)
Arranca os cabelos
Espuma de raiva
Com teu desespero
A chacina termina
Os vermes com o tempo
Profanarão teu corpo
Deixando aos abutres
Somente a carniça
(Estribilho)
3. 2031
2031
(André / Roosevelt)
Eu nasci chorando
Do susto que tomei
Fiquei sufocado
Pelo cigarro que o mundo fumou
Os holofotes do carro
Quase me deixaram sego
O sussurro das mentiras me ensurdeceu
Estribilho:
Mas tudo é diferente agora
Faz meio século que tudo mudou
Mas tudo é diferente agora
Faz meio século
Perdi a vontade
Na influência dos apelos
Meu corpo conduzido
Foi programado por um computador
Foi numerado
Qual brinquedo feito em série
O mundo me agita antes de usar
(Estribilho)
4. Oráculo do Judas
O Oráculo do Judas
(André / Roosevelt)
Cheguei na metade da vida
A questão foi feita afinal
Do que restou, nada existe
O sonho, um tanto irreal
Sob a luz da estrela guia
Os cordeiros, se deixam amansar
Crentes que é tua vontade
Acabam por se conformar
O templo é de mármore e ouro
A humildade perdida onde está
Ao invocarem teu nome
O perdão conseguem alcançar
A dor não mais atormenta
O cenário é triste demais
Certos que tal sociedade
Será chamada, jamais
Castigo do incerto pecado
A procura eterna do saber
O sangue tornou-se vinagre
É perdida a fé, ninguém crê
Distorcem tuas palavras
Impassíveis prosseguem a missão
A verdade um dia foi dita
Receberam seu galardão
5. Stressencefalodrama
Stressencefalodrama
(André / Roosevelt)
O que sofri não pude esconder
E confessei o que não fiz
Olhe
Acusei sem Ter provas
Falei demais
Agora eu vou para a câmara de gás
Eu represento a tortura rotineira
O sacrifício de alguma maneira
Eu quero fugir deste mal
O sangue e a peste tem gosto de sal
Liberdade
Não deixe-nos sós
Onde estás
Vem salvar-nos
Tudo escuro
Dá-nos luz
Sentimos muito frio
Aquece-nos
Estamos nus
6. O Viciado
O Viciado
(André / Roosevelt)
Jamais conseguirei entender
A personagem que eu represento aqui
Perdido sem saber o que houve
Nem tão pouco o que virá
Inibiram meus instintos
Fui domado feito um animal
Os anos vão cada vez mais depressa
E eu vegetando
Estribilho:
Se não há saída
Por que não mudar
Correr contra o tempo
Sair desse lugar
Bento a ferro e fogo
Não me deixo acorrentar
Quero ser livre
Quantas vezes eu quiser
Sigo sempre a mesma rotina
Nem ao mesmo sei para onde vou
Já conseguiram fazer a minha cabeça
Fui viciado no cotidiano
As verdades calam-se a boca
A aos pouco vou desaprendendo a falar
Vou acabar não mais lembrando quem sou
Nem o que quero
(Estribilho)
7. Mate o Réu
Mate o Réu
(André Chamon & Roosevelt Bala)
Mate o Réu
Eis que condenei
O infiel
Sentenciei
Por saber demais
E por não voltar atrás
Olha o tempo, te retrata
Ou tu nunca terás paz
Lança ao fogo
Este ser infame
Esquece a dor
Purificará teu nome
Quem és tu
Queimarei teu corpo nu
Contrarias os princípios
E os provérbios do guru
Cumpre a pena
Algoz, Mate o Réu
UUUHH! Mate o Réu
8. O Lixo
O Lixo
(André / Roosevelt)
Eu vinha voltando pra casa
Quando encontrei uma coisa jogada no chão
Parecia um monte de trapos
Um bicho, um lixo sujando a visão
Mas alguma coisa se mexia
E um sussurro me pedia um pouco de atenção
Que a vida é uma jogada
Cartada de nada, que lança
Lixo’ mano
Uma garrafa de cana
Mostrava que a esmola era pra beber
Pra esquecer de uma miséria
Da praga e da fome
Que se há de fazer?
Mas a esperança é a última que morre
E o pobre trapo porre pede pão
E em troca recebe um escarro
Que estale certeiro na palma da mão
Lixo’ mano
Qual reciclagem se pode fazer
Lixo’ mano
A escola da fome te ensina a viver
Lixo’ mano
És homem, és fraco, de fato um rato
Um peso morto, porco
Jogado na lata de lixo
Lixo’ mano
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