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CANTAS AD MORTUOS LYRICS
"A Parábola do Eremita" (2003 Demo)
1. Nos Funerais Da Madrugada 2. O Lamento Das Aguas 3. A Parábola do Eremita 4. A Ascensão
1. Nos Funerais Da Madrugada
Nênias entoavam os ventos nos funerais da madrugada
As lágrimas, orvalhos nos sepulcros da noite
E dos sepulcros ouviam-se lamentos no cemitério dos serafins
Ela morria e arrastava-se sobre os corpos dos moribundos, fugia em desespero para o túmulo
E em seus braços levantava angustiada a névoa
2. O Lamento Das Aguas
Submerso nas águas, doces lágrimas, águas profundas do mar
Inerte em meu mundo sob estrelas a chorar
Meu canto triste atenuando o canto das ondas e os sussurros dos ventos
Tudo é longo, tudo é distante demais
Por que deixaram-me aqui solitário a vagar? Tiraram-me os sonhos e a vida. Por quê?
Agora, apenas ouço aquelas criaturas que na noite erspondem ao meu lamento, o eterno lamento das águas
3. A Parábola do Eremita
Andava ele a divagar sob e sobre constelações segundo o que havia aprendido entre as estrelas...
E ao olhar seus monumentos de pedra pôs-se a gravar milhares de simbolos,
Lembrou-se do deserto e das nuvens e chorou
Lembrou-se das montanhas, e dos dias e das noites e novamente caiu em prantos
velou por eras e eras seus escritos e na última lua de seu tempo ficou a dormir...
Como ponte sobre o leito rio
História das civilizações...
4. A Ascensão
Encontros distantes em terras estranhas, vagando após a chuva, no fim da tarde
Céu e ventos a mim se curvam
Sombras e dores desaparecem-me agora
É um sonho dourado de negra luz, um lago sombrio para minha voz
Que as almas e os ventos derramem o odor de minha alma por toda a terra
O deus dos homens agora cai como o Sol a mim se dobra e a curva da montanha, à sombra da
Floresta levanta-se a eternidade
E neste momento sob o lacrimejar dos anjos
Levanto-me das trevas e sou Deus.
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