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ARMAGEDOM LYRICS
"Silêncio Fúnebre" (1986)
1. Sofrer Demais 2. Cegos por Ódio 3. Gritos de Dor 4. Mentes Insanas 5. Políticos, Militares, Religiosos 6. Torturam os Pobres 7. Super Projetos 8. Sobreviver 9. Asilo na Existência 10. Pessoas Caem, Pessoas Morrem 11. Dívida Externa 12. Mutilações 13. Total Alienação 14. Mortos de Fome
1. Sofrer Demais
Todas as chances de sobreviver
Esgotam-se cada vez mais
Estando em um país onde a palavra sofrer
É usada com frequência demais
Não há razão para sorrir
Só uma ânsia de chorar
De todos os caminhos que se tem a seguir
Não há nada a encontrar
A palavra sofrer é usada demais
Todos daqui
Esperam a morte chegar
Todos esperam
A agonia passar
2. Cegos por Ódio
A cidade vive
As pessoas vivem
Com medo de tudo
Com ódio de tudo
Cegos por ódio
Deixam de defender
Para atacar
Seus semelhantes
Sem qualquer motivo
A morte se espalha
Carregada por seres
Com única visão
Para matar
3. Gritos de Dor
Em cidades alagadas
Milhares de pessoas choram
Por suas casas inundadas
Pelos parentes que se foram
Só vejo tragédias
Ao nosso redor
Mas o governo não ouve
Os gritos de dor
Nos escombros estão os mortos
Só vejo tristeza nos rostos
Centenas de feridos
Flagelos e bens perdidos
4. Mentes Insanas
Mentes insanas e mentes vazias
Dominam tudo, mais e mais
Mentes insanas e mentes vazias
Afetam tudo com atos fatais
Mentes insanas e mentes vazias
Traçam o nosso, nosso destino
Mentes insanas e mentes vazias
Determinam qual será o sacrifício
5. Políticos, Militares, Religiosos
Políticos querem enganar
Políticos querem roubar
Militares querem mandar
Militares querem dominar
Religiosos querem alienar
Religiosos querem explorar
6. Torturam os Pobres
A terrível seca
Que ceifa milhões de vida
É um golpe dos
Senhores do poder
Torturam os pobres
Enquanto cidades
São devastadas
Poderosos ganham
Em empresas fantasmas
Homens, mulheres e crianças
Se movem por instinto
Em busca de algo
Para comer
Para os que sobrevivem
A vida continua
Porém nunca mais
Terá o mesmo sentido
7. Super Projetos
São usados super projetos
Para desvio de quantias
Quantias incalculáveis.
Uma minoria que busca para si
Apenas o completo, completo domínio
Paulipetro, Angra, Angra, Itaipú
Por detrás uma ganância
Ganância faminta
A minoria que continuará a roubar
Enquanto existir GOVERNO
8. Sobreviver
Seres mutilados
Ainda pensam em escapar
De uma morte inevitável
À sua espera
Apenas está
O silêncio fúnebre
Dos cemitérios, fúnebres
Ainda pensam em fugir
Não conseguem parar
Para pensar
Que não há chance de sobreviver
Sobreviver
9. Asilo na Existência
Os senhores do poder
Nos obrigam a caminhar
Em direção às portas do inferno
Não há mais razão
Para viver neste mundo
Só a esperança de parar de sofrer
Gerações inteiras
Cavam os próprios túmulos
Sepultamento se torna
O único refúgio
Para escapar do asilo na existência
Não há noção de tempo
Não há noção de lugar
Não há espaço para a consciência
10. Pessoas Caem, Pessoas Morrem
11. Dívida Externa
A dívida externa
Está destruindo
Nosso país, nosso país
Destrói famílias
Acaba com pessoas
O governo não fala
O governo não diz
Só existe miséria
A inflação nos corrói
O governo não fala
O governo não diz
12. Mutilações
Mãos,braços, pernas estão
Atirados por todos os lado
Mãos, braços, pernas estão
Atirados por todo lugar
Maldito lugar onde nunca
Se teve uma chance de paz
Maldito lugar onde nunca
Se pode pensar em viver
13. Total Alienação
Da casa para o trabalho
Do trabalho para casa
Sua única visão
Total alienação
Assistindo novela
Ouvindo futebol
Sua única audição
Total alienação
Dizendo o que te mandam
Falando o que você ouviu
Sua única dicção
Total alienação
Pensamento vazio
Nunca tem opinião
Sua única razão
Total alienação
14. Mortos de Fome
Nós comemos de vez em quando
Não sabemos o que é nutrição
Sentimos os ossos colados na pele
Pioramos de geração para geração
Qualquer dinheiro para nós está bom
O que o patrão fala sempre está certo
Ouvimos muito mal,escutamos poucos sons
Nossa vida é curta, a morte está por perto
Favelas e barracos, Mortos de Fome
Roupas esfarrapadas, Mortos de Fome
Nenhuma expressão, Mortos de Fome
Vidas enganadas, Mortos de Fome
Vivendo como máquinas, máquinas com erros
Procuramos não pensar, passeamos nos enterros
Aprendemos a roubar, aprendemos a mendigar
Entramos nesta rotina até aprendermos a matar
Favelas e barracos, Mortos de Fome
Roupas esfarapadas, Mortos de Fome
Nenhuma expressão, Mortos de Fome
Vidas enganadas, Mortos de Fome
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